História dos Transportes Urbanos em Coimbra

Primórdios, de finais do Século XIX ao dealbar do Seculo XX

Primeira Fase, quando Evaristo Nunes Pinto e Camilo Mongeon, concessionários do caminho de ferro americano, da estação do caminho de ferro do Norte a Coimbra, requerem, no mês de fevereiro do ano de 1873 que os carros passem através das ruas da cidade, apresentando para o efeito planta do projeto, dão inicio ao desenvolvimento da história dos transportes urbanos de Coimbra.

A decisão do município foi rápida e surgiu logo em 20 de fevereiro. No entanto o posterior desenvolvimento do processo arrastou-se e apenas a 17 de setembro de 1874 a empresa entretanto criada, a Rail Road Conimbricense, comunica ao município a abertura à exploração da linha, cujo percurso ía desde a Calçada à estação do caminho de ferro do Norte.

Porém a “Rail Road Conimbricense” não encontrou um caminho fácil e o pedido de autorização apresentado em 1885, para estender a sua linha da Portagem ao Cais das Ameias, a atual Estação Nova, bem como um pedido para efetuar um abatimento ao preços dos bilhetes, acabou por numa tentativa fracassada para combater a concorrência mais forte da entrada em funcionamento do ramal do caminho de ferro ao Centro da Cidade.

Uma segunda fase, inicia-se em 30 de outubro de 1902, quando Augusto Eduardo Freire de Andrade pede a concessão duma linha térrea, sistema americano, nas ruas da Cidade, para tração anima. Este processo contudo só iria ser concretizado pela Companhia de Carris de Ferro de Coimbra, entretanto criada em 1 de Janeiro de 1904, com o “estabelecimento da ligação da atual estação de Coimbra-B com o Largo da Portagem, a que se seguiu, em 4 de Fevereiro do mesmo ano a abertura de um novo troço entre a Praça 8 de Maio e a Rua Infante D. Augusto”, junto à Universidade.

No entanto, muito cedo este último troço se verificou não ser operacional e as últimas notícias sobre carros americanos surgem a 29 de maio de 1908, quando a Câmara de Coimbra toma conhecimento da suspensão das carreiras para a estação de Coimbra-B, na sequência da decisão de municipalização da tração elétrica.

Também, a 3 de fevereiro de 1916, o município reconhecendo que estando o transporte de malas do correio para os comboios da noite a fazer-se no antigo carro americano, puxado a muares, autoriza o transporte também a passageiros.

Ainda neste período importa evidenciar a efémera existência da primeira carreira de autocarros em Portugal, a carreira que ligava a cidade alta e a cidade baixa, iniciativa da Empresa Automóveis Tavares de Mello Coimbra que, para o efeito, utilizava carros de 4 cylindros com a força de 4 cavalos e transportavam 20 pessoas

 

A Instalação da Tração Elétrica No dealbar do Seculo XX

A primeira notícia sobre a criação de um sistema de tração elétrica em Coimbra data de 1 de dezembro de 1904 quando a Câmara decide em princípio na concessão de um subsídio à Companhia dos Carris de Ferro (concessionário dos carros americanos) para a substituição de tração animal pela elétrica.

Contudo a decisão que deu origem à efetiva concretização desta benfeitoria foi tomada em 15 de maio de 1908, quando o município tendo chegado à conclusão que “desapareceram todas as ilusões relativamente à possibilidade da instalação elétrica na Cidade por meio da Companhia de Carris de Ferro de Coimbra”, decidiu pela municipalização do serviço de tração elétrica e pela contração de “um empréstimo de 150.000$00 reis.”

A instalação da tração foi adjudicada à firma Thomson Houston – Ibérica,  em 23 de setembro de 1909, e a sua inauguração ocorreu em 1 de janeiro de 1911, e foi amplamente divulgada pela imprensa que o noticiou como …o mais notável acontecimento da vida Coimbrã...

A instalação da tracção eléctrica de Coimbra que hoje se inaugurou é digna de especial menção não só pela perfeição técnica com que está executada, coma também e muito especialmente por ter sido montada como serviço municipalizado a cargo da Câmara Municipal de Coimbra. Compreende três linhas: uma da Estação Velha à Alegria, outra da Estação Nova à cidade Alta (Universidade) e a terceira da Estação Nova a Santo António dos Olivais.

A instalação da viação elétrica de Coimbra foi, à altura, uma instalação modelar sob todos os pontos de vista, atestada pelos nomes dos diferentes construtores das partes da instalação: A.E.G;, General Electri, Company; Babcock Wilcox; Beilis & Marcon; Tudor; Brill Cor Company, etc.

A via era comprovadamente solida e resistente, tendo sido assente com os maiores cuidados, segundo o sistema usado em Lisboa, com carris de 42 quilos por metro corrente e eclisses Cantinou Joint de oito parafusos, sendo considerada um verdadeiro modelo de execução, tal comos as linhas aéreas, nas quais foi utilizado o material Cap Cone da General Electric Company.

A frota era constituída por cinco carros elétricos tendo sido, em agosto do mesmo ano de 1911, autorizada a aquisição de mais dois carros o que prova que a cidade se encontrava em pleno desenvolvimento e os carros existentes já não satisfaziam a população que se difundia por novos espaços e que adquiriu já hábito de se deslocar de elétrico no seu dia-a-dia.

Os cinco carros cujos equipamentos elétricos são da mesmo procedência, carrosseries e trucks saíram das conhecidíssimas oficinas de J.C,Brill, de Filadélfia, eram elegantíssimos e confortáveis. O seu aspeto, sobretudo quando circulam iluminados à noite pelas ruas de Coimbra era admirável.

Ainda no mesmo ano, a 21 de Setembro, foi decidido adquirir à mesma firma dois carros elétricos, os carros números 6 e 7.

No ano seguinte foi decidido ampliar a rede até ao Calhabé, troço que, com início na Alegria, veio a ser inaugurada em 24 de Maio de 1913.

 

Décadas de Vinte e trinta apogeu DoS CARROS ELéTRICOS

Em 22 de Abril de 1920 a Câmara Municipal deliberou sobre a autonomia dos Serviços Municipalizados tendo sido para o efeito criada uma Comissão Administrativa destinada à sua gestão.

Em 1925 foram adquiridos um carro elétrico e uma zorra para transporte do carvão, utilizado na central elétrica, com os saldos da exploração que se verificaram a partir de 1923.

Nesta altura a frota dos SMC era já constituída por quinze carros elétricos e dois carros para atrelar a uma zorra.

No final da década de 20 a implantação do sistema de tração elétrica em Coimbra era uma realidade, como decorre de ter sido ultrapassado, pela primeira vez e no período de um ano (1929-1930) o número de três milhões de bilhetes vendidos a que correspondeu uma receita de 1.907.331 $05.

Este período, que correspondeu ao auge dos carros elétricos em Coimbra, assentou num programa para os anos de 1926 a 1298, para o qual foi contraído um empréstimo de 6.000 contos que permitiu, nomeadamente, a encomenda do material para a instalação de oito quilómetros de novas linhas de tração elétrica, incluindo a duplicação da via desde a Rua Visconde da Luz aos Arcos do Jardim um grupo convertidor, de mercúrio, para o serviço da Central Eléctrica; 5 carros motores abertos e dois fechados, sendo estes últimos do tipo “all-steel” da Casa J.G.BrilL..”)

Pouco tempo decorrido, ainda dentro deste período, foram efetuadas as seguintes aquisições:

  • Em 1930, os três únicos carros elétricos de fabrico europeu, adquiridos em Famillereux, na Bélgica.
  • Em 1934, carro elétrico n°19, construído nas oficinas dos Serviços Municipalizados, a partir de um chassis e de motores importados.

No que respeita à expansão da rede no período de maior apogeu dos carros elétricos, foram efetuados os seguintes melhoramentos:

  • Instalação de linha dupla desde o Arco de Almedina até aos Arcos do Jardim – 1928.
  • Abertura da linha até ao Matadouro zona da atual Igreja de N.ª Sr.ª de Lourdes – 1928.
  • Abertura da linha Arcos do Jardim – Calhabé, que permitiu a circulação ainda hoje existente, durante um largo período tempo, dos troleicarros por S. José – 1929.
  • Abertura da linha Cumeada – Olivais, – 1929.
  • O prolongamento da linha dos Olivais até à Igreja de St.º António – 1932.
  • A construção da linha da Rua Abílio Roque – 1932.
  • O prolongamento da via dupla até à Universidade – 1932.
  • Construção da linha na Rua de São João que permitiu a circulação pela Universidade – 1934.

Nesta época o carro elétrico está definitivamente instalado em Coimbra servindo as zonas nas mais populosas da cidade.

 

Meados do Século XX – DECLÍNIO DA UTILIZAÇÃO DOS CARROS ELECTRICOS surgimento dos primeiros troleicarros

Quando no Relatório referente ao ano de 1938 se afirma que sendo de desejar o aumento da rede de transportes, também é cada vez menos de aconselhar que ele se faça pelo sistema de carros elétricos sobre carris, estava a iniciar-se o ciclo que conduziu ao abandono da utilização dos carros elétricos em Coimbra.

A alternativa pretendida é referida pela primeira vez em 1943 quando se decide que: Nas novas extensões da rede de transportes urbanos o estabelecer quando houver oportunidade – Santa Clara, Calhabé e Bairro do Loreto – deve adoptar-se o sistema de trolleyomnibus em vez de via-férrea.

Tal projeto começou a ser concretizado em 1946, com o início da montagem da linha aérea para Santa Clara, a linha n.º 6, Estação Nova – Santa Clara (Almas de Freire), a qual viria a ser inaugurada em 16 de Agosto de 1947, sendo assim descrita na imprensa local:

Graças à iniciativa dos Serviços Munícipalizados da Cidade de Coimbra, Portugal está a ser dotado duma primeira linha de trolleybus. Para experimentar este novo modo de transporte os Serviços Municipalizados escolheram uma pequena linha, de 2,5 km de comprimento.

…a encomenda dos dois carros, foi dada à caso S.A. dos Ateliers de Sécheron de Genebra, Suíça, como empreiteira geral e fornecedora da parte eléctrica, e à casa S.A. Adalphe Saurer, de Arbon. Suiça, como fornecedora do chassis e da carroçaria. execução da linha de contacto foi confiada à Casa Kummler & Motter, de Zurique…

É importante salientar que a elevada capacidade técnica atingida pelas oficinas dos Serviços Municipalizados permitiu, no ano de 1940, a construção do último carro elétrico: o carro elétrico n° 20, resultante da transformação da zorra adquirida nos anos 20.

Igualmente haverá que assinalar que, ainda em 1940, foram efetuadas as obras que permitiram dar satisfação à conclusão de que havendo três linhas próximas umas das outras, como se encontravam as da Cumeada, Olivais e Montes Claros, seria proveitoso… a ligação destas linhas.

Este período foi também marcado pela utilização dos autocarros por parte dos Serviços Municipalizados. Estávamos a entrar na época dos autocarros que em conjunto com os troleycarros, inaugurados pela primeira vez no país em 1947, constituirão as alternativas de futuro para os transportes em Coimbra.

A primeira carreira efetuada foi entre Coimbra e Taveiro, com partida junto ao mercado, para a qual foram adquiridas, em 1938, três viaturas automóveis, um autocarro de marca MACK e dois da marca Daimler.

Posteriormente, em 1947, foi criada uma nova carreira, que partindo do mesmo local reforçava as linhas de elétricos para os Olivais.

O início da década de 50 é caracterizado pelo declínio da utilização dos carros elétricos. O primeiro caso foi verificado em abril de 1954, na linha n.º 5 – São José. Ainda no mesmo ano, a substituição é feita por autocarros, mas na linha n.º 2 – Estação Velha.

Em Dezembro de 1947 já a Câmara tinha anunciado a extinção gradual dos carros elétricos e a sua substituição por troleicarros, na zona urbana, e autocarros na zona rural. Embora a circulação dos troleicarros fosse crescendo nas ruas da cidade ela não anulou totalmente a circulação dos elétricos.

Foi neste período, mais concretamente no ano de 1954, que se operaram significativas alterações nas linhas de carros elétricos, nomeadamente:

  • Inauguração da carreira para o Tovim;
  • Montagem da linha na Rua Dr. Manuel Rodrigues, Av. Fernão de Magalhães e Largo das Ameias, permitindo a circulação da Baixa.

Em 1952 foi ultrapassada, pela primeira vez, a barreira dos 10 milhões de bilhetes vendidos, no decurso de um ano.

Considerando a aquisição de seis troleicarros em 1949; a encomenda de mais três em 1953 que entraram ao serviço no ano seguinte; em 1956 a aquisição de quatro troleicarros e um autocarro; em 1957 a aquisição de quatro chassis para troleicarros que carroçados nas oficinas dos Serviços Municipalizados, da marca “Leyland-BUT”, entraram ao serviço no ano seguinte e ainda mais um autocarro; o futuro para o sistema de transportes urbanos de Coimbra estava já delineado, conforme decorre das aquisições efetuadas.

Em 1959, o sistema de transportes urbanos de Coimbra era constituído pelas seguintes carreiras, que utilizvam os tipos de veículos que se referem:

CARREIRAS VEÍCULOS UTILIZADOS
1 – Museu com elétricos
1 – Penedo da Saudade “ “
3 – Cumeada – Olivais “ “
4 – Cruz de Celas “ “
7 – Tovim com elétricos
8 – Santo António “ “
5 – S. José – Av. Fernão Magalhães com troleicarros
5 – S. José – Praça 8 de Maio “ “
5 – Portagem – Estádio “ “
5 Praça do República – Liceu “ “
6 – Portagem – Almas de Freire “ “
Coimbra – Taveiro com autocarros
Estação Velha – Loreto “ “

No decurso de 1959  ocorreu a substituição da carreira 1 – Universidade por 1 – Penedo da Saudade, tendo igualmente sido efetuada a fusão das carreiras 3 – Cumeada – Olivais e 3 – Celas – Olivais, bem como a criação da carreira  8 – Santo António.

 

DÉCADA DE Setenta e início DA DÉCADA DE oitenta – FIM DE UM PERÍODO E o Despertar para uma nova realidade

A Administração dos Serviços Municipalizados de Coimbra, no início da década de 70, referia o carro elétrico como o tipo de transporte que o progresso vai tornando obsoleto e por cuja eliminação das ruas da cidade muitos pugnam – e que acarreta menor prejuízo por ser o que exige menor dispêndio na manutenção e conservação.

Este entendimento, sequência de anteriores decisões, condicionou o desenvolvimento da rede de transportes coletivos de Coimbra.

Na realidade tendo a rede, na zona urbana, adquirido as dimensões adequadas à dimensão da Cidade, a partir do final da década de 60 assistiu-se ao seu alargamento às zonas suburbanos e mesmo à zona rural.

Este alargamento, efetuado essencialmente com recurso a autocarros, levou a um rápido crescimento do número de passageiros transportados. Assim, tendo em 1963 sido ultrapassado o número de 15 milhões, logo em 1967 o sistema transportava pela primeira vez num ano, mais de 20 milhões de passageiros.

Em 1959 verificou-se a abertura da linha n.º 5, Portagem – Estádio Municipal; e da linha n.º 5, Praça de República – Liceu, que mais tarde veio a ser a linha n.º 9; em 1960 a abertura da linha n.º 5, Praça 8 de Maio – Apeadeiro de S. José, que mais tarde veio a ser a linha n.º 10.

Em 1962 é aberta a linha n.º 1, Portagem – Universidade via Abílio Roque; e a linha n.º 6T, Universidade –  Almas de Freire.

O ano de 1964 fica assinalado pelo facto de, pela primeira vez, os troleicarros serem o meio de transporte coletivo a transportar mais pessoas na cidade de Coimbra.

Em 1969 existem na frota dos Serviços Municipalizados vinte carros elétricos, vinte e sete troleicarros e trinta e um autocarros, este período no que respeita à frota utilizada é caracterizado pelo sucessivo abate ao efetivo de carros elétricos e pelo rápido aumento do número de troleicarros e autocarros disponíveis.

Em 1970 foi inaugurada a abertura da linha n.º 8, Portagem – S. António dos Olivais, pela Rua Lourenço Almeida Azevedo e Largo de Celas.

Posteriormente, em 1972 dá-se a passagem da remise dos troleicarros da parada da Alegria para as novas instalações da Guarda Inglesa.

O ano de 1976 marca uma viragem, na medida em que os autocarros passam a ser o meio de transporte coletivo mais utlizado em Coimbra.

Quando, na madrugada do dia 9 de Janeiro de 1980, perto da uma hora da manhã, os carros elétricos recolhem pela última vez às instalações, sitas à rua da Alegria, deixando de circular na cidade de Coimbra, a frota dos Serviços Municipalizados era constituída por doze carros elétricos, vinte e sete troleicarros e setenta autocarros.

A abertura da linha n.º 3, Portagem – Santo António dos Olivais, via Penedo da Saudade vem a ocorrer em 1982.

Decorridos dois anos, em 1984, entram ao serviço os novos troleicarros da marca Caetano-Efacec; conjuntamente com a abertura da linha n.º 4, Portagem – Celas.

 

Separação dos Serviços Municipalizados –  Início de uma nova era

Em 26 de Novembro do ano de 1984, devido à dimensão dos Serviços Municipalizados de Coimbra, o executivo camarário aprovava a sua separação em dois Serviços: Transportes Coletivos e Águas e Saneamento, aprovando os respetivos quadros de pessoal, de forma a ser possível implementar a separação, a qual veio a concretizar-se a partir do dia 1 de Janeiro de 1985.

Surgiram assim os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, comummente designados sob a sigla SMTUC, cujo Conselho de Administração era constituído pelo Presidente, Senhor Dr. Fernando Luís Mendes Silva, e respetivos Vogais, Senhores Manuel Correia de Oliveira e Carlos Gomes de Andrade e tendo como primeiro Diretor Delegado o Senhor Eng. Leopoldo Morais da Cunha Matos.

Em 1988 verificou-se a abertura da linha n.º 46, Santa Clara – Portagem – Celas, com circulação pela Av. Fernão de Magalhães, três anos mais tarde, em 1991 são abertas as linhas n.º 7 e n.º 7T, Estação – Tovim, efectuadas por troleicarros.

Em 1993, com a extensão máxima da rede de troleicarros de Coimbra a rondar os 42 quilómetros de linhas aéreas, em exploração; inicia-se o declínio da referida rede, com a substituição destes por autocarros, nas linhas: n.º 7; e n.º 46. Em 1995 são substituídos os troleicarros por autocarros na linha n.º 5.

No decorrer do ano de 1997 é iniciado o primeiro Serviço de Park & Ride em Portugal, pioneiro em Portugal, inicialmente apenas com serviço dedicado de ligação entre o Parque da Praça Heróis do Ultramar a Universidade, zona Nascente, e o centro da Cidade. Surgia assim o Serviço Ecovia, original no país, em 1998 o Serviço Ecovia estende-se também à zona da Casa do Sal.

Essencialmente por questões operacionais, e comodidade de serviço, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra ponderam o fim da operação com os troleicarros em 1998, assim em 1999, são definitivamente substituídos os troleicarros por autocarros na linha n.º 7.

O ano de 2000 fica assinalado pela introdução nos SMTUC do primeiro sistema de bilhética com cartões sem contacto, implementado em Portugal em transportes públicos rodoviários.

Em 2001 o Executivo Municipal opta pela manutenção da rede de troleicarros, com um número reduzido de unidades e carreiras, a saber: linha n.º 1, Estação Nova – Universidade; e linha n.º 3, Estação Nova – S. António dos Olivais, via Penedo da Saudade. Em  2002 dá-se a substituição dos troleicarros na linha n.º 8 e a reintrodução dos troleicarros na linha n.º 4.

Um marco importante a assinalar ocorre em 2003, quando pela primeira vez em Portugal é implementada uma linha de transportes públicos de passageiros, com mini-autocarros eléctricos. Para o efeito foi criada a Linha Azul, onde circulam dois mini-autocarros elétricos da marca Gulliver.

Batizado de Pantufinhas, dada a sua dimensão comparativamente ao Pantufas, pára a um simples sinal, dentro do percurso, deixando depois sair o cliente onde desejar. Efetua um percurso assinalado com a linha azul, na zona histórica, entre a Alta e a Baixa.

Em 2007 os SMTUC dispõem de dezasseis troleicarros, que servem três carreiras, a que correspondem 27,4 quilómetros de rede, sendo Coimbra a única cidade da Península Ibérica que dispõe de uma rede de transporte urbano, deste tipo.

Em 2008 os SMTUC assinalam o 100º Aniversário de Transportes Urbanos em Coimbra, de 2008 a 2013 envolvem-se no Programa CIVITAS Plus

2016 – Início das Ações do PEDU relativas à Mobilidade:

– Informação em tempo real, Integração tarifária,…;

2017 – Linha do Botânico (Mini-autocarros híbridos);

2018 – Processo de Aquisição de 10 autocarros elétricos nova geração (8 standard e 2 mini);

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